Berlim, 1912. Uma vez mais, a galeria e livraria de arte der Sturm (A Tempestade) teve seu nome comentado como uma das principais patrocinadoras de novo movimento estético-literário, entre os que sistematicamente eclodiam (nasciam) no início do século XX. Isso porque, em 1912, a Der Sturm resolveu reunir o trabalho de alguns pintores por ela qualificados de “expressionistas”. Tal qualificação – explicava o editor da revista Der Sturm – Surgiu de maneira de maneira diferente e revolucionária com que os expositores “expressavam” sua visão das coisas, do mundo e da vida, que subvertia radicalmente a estética da época, por meio de técnica não menos revolucionário e escandalosa.
O termo “expressionismo”, embora aplicado inicialmente à pintura, abrangia fenômeno bem mais amplo e complexo: batizava abertamente a inquietação (agitação) espiritual e a renovação cultural que se encontrava em marcha não só na Alemanha, mas também em toda a Europa. E passou, então, a ser aplicado também à literatura e às demais artes.
Seus ideais não ficaram completamente claros e definidos, mas sua conduta seguiu uma linha lúcida e decidida, impulsionada por um núcleo central de aspirações e metas, que permitiu reunir, nesse movimento autores e personalidades diferentes e até divergentes.
Os antecedentes do Expressionismo, nas artes plásticas, podem se encontrados em Van Gogh: “Vejo expressão e até alma em toda a natureza”; na nostalgia da arte primitiva de Gauguin; na escultura negra; e na obra violenta e trágica do norueguês Edvard Munch. Mas foi com o grupo da “Ponte” (“Brücke”), formado na Alemanha em 1905, que a pintura expressionista começou a se impor.
A Obsessão e o drama do expressionismo
A destruição expressionista da imagem tradicional foi favorecida pela crise da sociedade e pela desarticulação moral que antecederam a Primeira Guerra Mundial. Assim, o movimento baseou-se em sua imagem de condição humana e procurou transmitir às telas a situação do homem no mundo, seus vícios e seus horrores. As cores tornaram-se violentas e explosivas, as figuras, distorcidas, quase caricaturais, e a perspectiva foi negligenciada. Os artistas infundiram aos objetos sua própria personalidade e as emoções derivadas da tradição romântica (na qual sonho e imaginação eram valores essências). E isso sob uma nova forma do trágico, unido à angústia do século XX.
Os temas expressionistas eram obsessivos e dramáticos, não somente pela marcação das cores, mas também pela monumentalidade da forma, a violência e a agudeza do grafismo; daí uma volta à linha expressiva, aos modelos simplificadores da gravura e às técnicas de ilustração, onde se contrastam juventude e velhice e onde os horrores da guerra e da decadência são apresentados de maneira nostálgica e angustiada, chegando por vezes à alucinação e às raízes da inconsciência.
Cor e magia do expressionismo
“Tentei com o vermelho e com o verde exprimir as terríveis paixões dos homens”. Falando a propósito de seu quadro Café à noite, Van Gogh expôs um dos princípios básicos do expressionismo: desenhar diretamente com a cor para que se exprimam de maneira sugestiva as coisas sofridas e vividas, por meio da deformação plástica. Assim o desenho perdeu sua importância em favor da magia do que não é totalmente expresso.
Com o alemão Nolde, a cor passou a ser elemento natural, fluente, ardoroso e agitado. Suas paisagens de um mundo primitivo e visionário exprimem estados psíquicos por meio do desenho simplificado e caricatural, em estranhos tons violeta, laranja e amarelo.
O norueguês Edvard Munch, por outro lado, exprime o ser humano com melancolia e solidão, constantemente atormentado pela doença e pela morte; são figuras do desvario, de olhar medroso, boca apagada pelo medo.
O termo “expressionismo”, embora aplicado inicialmente à pintura, abrangia fenômeno bem mais amplo e complexo: batizava abertamente a inquietação (agitação) espiritual e a renovação cultural que se encontrava em marcha não só na Alemanha, mas também em toda a Europa. E passou, então, a ser aplicado também à literatura e às demais artes.
Seus ideais não ficaram completamente claros e definidos, mas sua conduta seguiu uma linha lúcida e decidida, impulsionada por um núcleo central de aspirações e metas, que permitiu reunir, nesse movimento autores e personalidades diferentes e até divergentes.
Os antecedentes do Expressionismo, nas artes plásticas, podem se encontrados em Van Gogh: “Vejo expressão e até alma em toda a natureza”; na nostalgia da arte primitiva de Gauguin; na escultura negra; e na obra violenta e trágica do norueguês Edvard Munch. Mas foi com o grupo da “Ponte” (“Brücke”), formado na Alemanha em 1905, que a pintura expressionista começou a se impor.
A Obsessão e o drama do expressionismo
A destruição expressionista da imagem tradicional foi favorecida pela crise da sociedade e pela desarticulação moral que antecederam a Primeira Guerra Mundial. Assim, o movimento baseou-se em sua imagem de condição humana e procurou transmitir às telas a situação do homem no mundo, seus vícios e seus horrores. As cores tornaram-se violentas e explosivas, as figuras, distorcidas, quase caricaturais, e a perspectiva foi negligenciada. Os artistas infundiram aos objetos sua própria personalidade e as emoções derivadas da tradição romântica (na qual sonho e imaginação eram valores essências). E isso sob uma nova forma do trágico, unido à angústia do século XX.
Os temas expressionistas eram obsessivos e dramáticos, não somente pela marcação das cores, mas também pela monumentalidade da forma, a violência e a agudeza do grafismo; daí uma volta à linha expressiva, aos modelos simplificadores da gravura e às técnicas de ilustração, onde se contrastam juventude e velhice e onde os horrores da guerra e da decadência são apresentados de maneira nostálgica e angustiada, chegando por vezes à alucinação e às raízes da inconsciência.
Cor e magia do expressionismo
“Tentei com o vermelho e com o verde exprimir as terríveis paixões dos homens”. Falando a propósito de seu quadro Café à noite, Van Gogh expôs um dos princípios básicos do expressionismo: desenhar diretamente com a cor para que se exprimam de maneira sugestiva as coisas sofridas e vividas, por meio da deformação plástica. Assim o desenho perdeu sua importância em favor da magia do que não é totalmente expresso.
Com o alemão Nolde, a cor passou a ser elemento natural, fluente, ardoroso e agitado. Suas paisagens de um mundo primitivo e visionário exprimem estados psíquicos por meio do desenho simplificado e caricatural, em estranhos tons violeta, laranja e amarelo.
O norueguês Edvard Munch, por outro lado, exprime o ser humano com melancolia e solidão, constantemente atormentado pela doença e pela morte; são figuras do desvario, de olhar medroso, boca apagada pelo medo.
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